Antes de me despedir de Paris, algumas palavrinhas sobre a capital da Franca que eu amei:
O metrô de Paris é um dos melhores do mundo, com 211 quilômetros de trilhos subterrâneos, 16 linhas e 297 estacoes, por onde circulam três milhoes e quinhentas mil pessoas por dia. Em qualquer parte da cidade que estejamos, há sempre uma estacao a menos de 500 metros de distância. E assim mesmo o trânsito pode ser tao cheio de "bouchon" (traducao: rolhas, que significa engarrafamento) como o de Sao Paulo. De toda forma, como já disse, a melhor opcao é andar a pé. Nos momentos que fomos de onibus para os lugares pude identificar isso melhor. Andar pela cidade é a maneira de descobrir o charme que nao pode ser identificado visitando apenas os ícones como Torre Eiffel, Arco do Triunfo, Notre-Dame, etc. Pequenos detalhes nas ruas, calcadas, portas, janelas, telhados com os quais a gente se encanta.
As vitrines das confeitarias, com tortas e doces bem ornados sempre a mostra, as fachadas neoclássicas, as bicicletas amarradas nos postes nas portas dos bistrôs, parques e jardins com canteiros minuciosamente ornados e o exibicionismo dos parisienses.
Algo bem interessante é que, nos cafés, as cadeiras ficam de frente para a rua. Sao como vitrinas de gente. A diferenca é que os itens do mostruário nao estao ali apenas para ver, de modo que amigos e casais, sentados numa mesma mesa, nem se olham, apenas assistem o movimento das ruas. Para nós, brasileiros, é no mínimo bastante estranho.
Mulheres e homens sempre muito elegantes e algo inacreditável: mulheres com roupas combinando com seus cachorros. Tem base? Hahahhahahhah!
Aliás, o assunto cachorro merece destaque especial em qualquer análise, mesmo rápida, após dois dias e meio, que se faca sobre Paris. Há caes por toda a parte. Caes estranhamente comportados, que passam uns pelos outro e nao se estranham, que usam modelitos exclusivos e acompanham seus donos, sem qualquer cerimônia, para dentro das lojas, bares e restaurantes. Sao quase sempre daquele tipo cachorro de madame, pequenos e bem tosqueados. Mas há dos grandes também, todos com jeito de quem aprendeu a se comportar numa escola de padres, alguns até com ar de quem frequenta a Surbonne. Heheheheheheh! Espetáculo digno de se ver (até pra mim que nao gosto muito de cachorro). Mas CLARO, tem como efeito colateral dejetos por toda a parte nos passeios públicos. Deve-se ficar atento para nao levar uma pequena lembranca na sola do sapato.
Ah, e senti na pele o que sempre escutei de que parisiense é muito antipático. Sobretudo com os turistas que falam inglês e apenas algumas pouquíssimas e mal pronunciadas palavras de francês. Cadê a Lê pra me dar uns helps com o francês?
Pronto... Au revoir Paris!!!
Espero poder voltar e ficar mais dias, conhecer cada cantinho com mais tempo.
2 comentários:
Oi fofinha!!!Acabo de ter uma idéia para o título de um dos capítulos do livro: "Les chiens parisiens"...e ainda por cima rima... ai, ai, 2 rimas tão próximas e tão naturais, tô até pensando em me candidatar a "poetisa"...seria meu segundo projeto da aposentadoria???
Não posso deixar de escrever uma última coisinha antes de partir de Paris..tô super emocionada com tudo que estou lendo e revivendo...queria ser uma de suas companheiras na próxima ida a Paris("poder voltar e ficar mais uns dias" é vital, essencial, super necessário..vcs não foram a Montmartre conhecer a igreja e a praça dos pintores? É pertinho de Pigale(onde passaram de ônibus). Bom de qualquer forma fica o meu convite: vamos jantar lá no Tire-bouchon,como vc já sabe o que é bouchon, fica fácil imaginar...tcham tcham.."saca rolha"-lá comeremos os melhores( porque serão vários) crepes de Paris e do mundo..hum..hum..hum
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